quarta-feira, 25 de junho de 2014

PRÉ-SAL

Quarta, 25 de Junho de 2014 - 19:40
Ações da Petrobras caem após acordo sobre pré-sal


Foster diz que caixa não será comprometido | Foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press

Um acordo entre o governo e a Petrobras e o governo parece não ter agradado o mercado internacional. A estatal foi contratada de forma direta, sem licitação, para explorar quatro campos do pré-sal. Contudo, para isso, deverá antecipar R$ 13 bilhões em recursos para ter acesso a até 15 bilhões de barris de reservas, excedentes de campos já repassados à companhia em 2010 na chamada cessão onerosa.

 O pagamento deve ser feito de modo escalonado até 2018, mas para o mercado a proposta deixará o caixa da empresa ainda mais pressionado. Nesta terça-feira (24), a presidente da estatal, Graça Foster, negou que haverá comprometimento do caixa e defendeu que se trata de "um ótimo" negócio, já que a estatal teria acesso a reservas sem o risco de procurar novas áreas – que poderiam ter insucesso. No mesmo dia, as ações preferenciais da companhia já tinham caído 3,5%, e nesta quarta (25) as ações ordinárias chegaram a cair 2,5%. Para o analista Marcelo Varejão, da corretora Socopa, a operação foi "mais uma interferência do governo em uma companhia de capital aberto" e por isso a reação foi negativa. Além disso, o pagamento adiantado também gerou desconfiança. "Será algo que a empresa terá de pagar agora para ter benefícios em um futuro que ainda é duvidoso", avaliou. O excedente só começará a ser produzido em 2021, sob o regime de partilha de produção – em que governo e empresa dividem o lucro da produção de petróleo, com pagamentos em óleo, e não em dinheiro. Informações da Folha de S. Paulo.

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